Mãos ao ar

Blogue de discussão desportiva. Qualquer semelhança entre este blogue e uma fonte de informação credível é pura coincidência e não foi minimamente prevista pelos seus autores. Desde já nos penitenciamos se, acidentalmente, relatarmos uma informação com um fundo de verdade. Não era, nem é, nossa intenção.

segunda-feira, abril 28, 2008

Pronto!



Pronto! Mantém o sorriso. Mantém a postura. Clic.
Já não mexe mais!

terça-feira, abril 22, 2008

Paulo Bento como o velho Tosh



"À segunda-feira, penso sempre em mudar dez jogadores; à terça, já só são sete ou oito; às quintas, reduzi para quatro; às sextas, são apenas dois; ao sábado, porém, já penso que têm de jogar os mesmos 11 cabrões que meti no jogo anterior."
John Toshack, ex-treinador do Grande Sporting e de mais dúzia de agremiações de bairro, como o Real Madrid.
Imagino que seja isto que passa pela cabeça do treinador do Sporting todas as semanas...

domingo, abril 20, 2008

Parasitas!

quarta-feira, abril 16, 2008

1, 2, 3, 4, 5 açoites



Não tenho palavras. Sobretudo porque estou afónico. Mas mesmo que não estivesse, continuaria sem palavras...

Preocupado

A poucas horas do derby, estou francamente apreensivo: nem pensem que vou fazer como no ano passado e me vou tornar sócio do FC Porto só para ter bilhetes para a final.

segunda-feira, abril 14, 2008

Em Alvalade, não aprendeste isto, de certeza, ó perneta

quarta-feira, abril 02, 2008

O Velho Max



(crónica enviada da estranja. Que é para não dizerem que o Bulhão não escreve. E que se furta às responsabilidades. E mais não sei o quê. Isto é que é empenho, hein? Ou isso ou já vinha escrito de Lisboa... Mas é significativo, de qualquer maneira)

Segundo o “News of the World”, Max Mosley, o septuagenário presidente da Federação Internacional de Automobilismo, foi fotografado e filmado durante uma orgia com cinco prostitutas, dedicada excepcionalmente à temática do nazismo e do sofrimento nos campos de concentração. A maior parte das pessoas reagiu com evidente repulsa à divulgação das actividades do pilhanas do velho, mas estou certo que Max Mosley não aprecia essas pessoas. Para outros, como eu, há uma pergunta mais evidente do que todas as outras: CINCO?!? Aos 72 anos, Max Mosley entretém CINCO prostitutas?
Há semanas, a comunidade portuguesa dedicada ao estudo da história lançou perguntas recorrentes, que ecoam sem resposta há gerações: por que diabo não fazem os portugueses recriações dos episódios mais célebres da história do país, como eu vejo aqui fazer nos EUA? Por que diabo não vestem as sandálias e um roupão de banho e não vão recriar a batalha de Aljubarrota? Haverá forma mais bonita de comemorar a nossa história do que nos embrulharmos num lençol de linho e nos fazemos entalar dramaticamente na porta do castelo de São Jorge? Ou pintarmos os lábios de bâton e imitarmos o infante Dom Henrique? Evidentemente, a Associação Portuguesa dos Amigos dos Castelos tem a amabilidade de lembrar que há muitos milhares de pessoas que fazem recriações históricas e só uma fracção delas prefere vestir roupa de mulher, mas creio que chegou a hora de fazermos mais e melhor.
É com pena que registo que é, uma vez mais, da sisuda e sombria Inglaterra que chegam exemplos das melhores práticas. À falta de melhores ideias, Max Mosley lançou-se na recriação do holocausto com criatividade. Fê-lo à custa do seu esforço, como é natural (aliás, quero acreditar que ficou às portas da morte por causa do esforço. Caso contrário, há algo terrivelmente frustrante nesta história). Há, porém, espaço para melhoramentos.
Eu não tenho, como Max, o benefício da experiência que só se adquire depois de participar em dezenas de orgias, até porque a minha mulher prefere que eu fique em casa aos fins-de-semana e os chicotes de cabedal sempre me fizeram bolhas na palma da mão. Mas, enfim, há aqui coisas que me fazem espécie. Afinal, o senhor paga 1.500 libras para ser vergastado no lombo enquanto escuta o revigorante grito de ordem: Schnell, schnell. É verdade que eu tenho sido poucas vezes vergastado no lombo (embora imagine que cada um receba as que merece), mas tenho ideia que a vergastada é francamente sobrevalorizada. Eu, pelo menos, não gosto assim muito. É que a vergastada, se bem orientada (e temos todos os motivos para acreditar que estas foram), ainda aleija.
A parte das máscaras ainda vá que não vá. É giro, entretém e tal, e há poucos que possam dizer que nunca tiveram uma máscara de veludo afivelada à bruta na fronha. Aos pontapés na genitália também não digo que não. É saudável. Afinal, eu também fui escuteiro.
Agora gritarem-me aos ouvidos? Mandarem-me perdigotos para os tímpanos? Tenham lá paciência, mas berros não. Isso, do holocausto, até vá. Agora, para crueldades, não contem comigo!

Elogio do esfíncter


Não há absolutamente nada de errado em frequentar um colégio em regime de internato. Hoje, com o benefício da experiência, posso garantir que foi isso que fez de mim um homem. O problema é que também fez da minha mulher um homem. E da prima Leninha outro homem (aliás, ela agora prefere que a tratem por Manuel ou então por “gostosão”, mas isso são outras conversas). Mas vocês percebem a ideia. Muitas vezes, uma provação parece mais difícil à partida do que realmente é.
O Sporting vai jogar na Escócia num ambiente aparentemente infernal. Quem já jogou no Ibrox fala invariavelmente dos primeiros 15 minutos, momento decisivo do jogo, durante o qual importa não esmorecer com a pressão desenfreada dos escoceses e muito menos enfardar logo um golo.
Tive um colega de turma que se fartava de gabar a coragem e perseverança que “Átila... o Único” revelou ao tentar vencer os francos. É verdade que ele era fortemente espancado de cada vez que mencionava "Átila, o Único". E é verdade também que, apesar de esmurrado, ele continuava a sorrir candidamente, como se tivesse uma doença mental incurável. Chamávamos-lhe carinhosamente "o escroto". De alguma forma, o seu exemplo inspirou-nos. Como? Não sei bem. Mas inspirou-nos. E, não fosse o facto de ele insistir também em recitar provérbios do “Lalai Lama, do Tibete”, provavelmente tê-lo-íamos deixado em paz a certo ponto.
Serve a recordação para inspirar, de alguma maneira, os jogadores do Sporting a poucas horas do jogo de Glasgow. Quando entrarem no Ibrox Park, seguir-se-á a tradicional rotina de todos os jogos. De rostos focados na tarefa que têm pela frente, pousarão o casaco oficial no cabide do balneário. Dois terços deles removerão depois as bandeletes e o Gladstone a placa dentária. Lentamente, como num ritual religioso, vestirão as peças do inimitável equipamento verde e branco. Seguir-se-á a palestra. Meia dúzia de tolices encorajadoras. Aquecimento. Regresso ao balneário. Computadores ligados. Ler o Mãos ao Ar. Voltar ao relvado. Enfim, o costume.
É a essência da mensagem de hoje, rapazes. Mais do que cruzar os dedos para pedir sorte, cruzem os esfíncteres . Não se borrem. O resto virá por acréscimo.

Memória

A história da semana é indiscutivelmente o início da marcha da justiça desportiva, que parece avançar para a acusação ao FC Porto e ao Boavista num processo aparentemente inspirado nas escolhas da amiga Olga, dos primórdios saudosos da TVI. Os dragões, ao que parece, têm direito de escolher se querem perder seis pontos já esta época (sanção inofensiva face ao seu avanço no campeonato) não interpondo recurso da decisão ou, recorrendo, podem insistir na sua inocência, mas arriscam a mesma sanção na próxima temporada, complicando nova campanha vitoriosa.
Lêem-se estes cenários e é impossível não recuperar a memória do colagénio da apresentadora chocalhando um jogo de chaves na mão direita e um maço seboso de notas na mão esquerda, perante o entusiasmo febril de um grupo de espectadores arrebanhados provavelmente numa comunidade agrícola, daquelas que são pagas pelo governo para não plantar alfarroba ou noz-moscada. As chaves... O dinheeeeiro.... Já lá diz o povo que é curioso o destino do homem que insiste em fazer das… strippers coração.
É verdade que nada garante que a Liga venha a confirmar a sentença após recurso, mas é tentadora a ideia de apagar já o processo com uma pequena palmada na mão, antes que alguém se lembre de juntar mais qualquer coisa ao castigo, como a detenção dos alegados corruptores ou outra coisa desagradável dessas. Se algum dia se confirmasse, aliás, a prisão de Pinto da Costa entraria de rompante para o ranking das prisões mais famosas de Portugal, logo a seguir à prisão de Carlos Cruz, à prisão de Paulo Pedroso e à prisão de ventre.
Mesmo nesse cenário afastado, imagino que nem tudo estaria perdido. Recordo que este é o país em que, mesmo Vale e Azevedo, que fez como no bingo e acumulou linhas de infracções a todos os artigos previstos no código, acabou por ser agraciado com meros quatro anos de pena de prisão. Mais do que isso levou Simão Sabrosa, que cumpriu seis anos de Benfica!

P.S.: Terão de me desculpar, mas esre post foi escrito no Alfa, a caminho de Braga. No comboio, já se sabe, a letra sai sempre tremida.