Mãos ao ar

Blogue de discussão desportiva. Qualquer semelhança entre este blogue e uma fonte de informação credível é pura coincidência e não foi minimamente prevista pelos seus autores. Desde já nos penitenciamos se, acidentalmente, relatarmos uma informação com um fundo de verdade. Não era, nem é, nossa intenção.

quinta-feira, junho 22, 2006

Xaropada LIVE

Gosto muito do Carlos Daniel, da RTP. Parece-me extremamente louvável que ele tenha estômago para ouvir na mesma noite, sem se rir, as apreciações tácticas de um Luís Freitas Lobo ou os comentários de uma Cinha Jardim, normalmente encadeados, para criar ritmo. Acho impagável o esgar que ele faz sempre que o Luís Freitas Lobo diz que o Arnaldinho, do Togo, é um jogador fantástico.
Há quem diga que três horas de debate televisivo sobre o Mundial são algo exageradas, sobretudo quando a estação pública só dispõe de autorização para difundir resumos de três minutos. Oiço dizer também com frequência que o programa da RTP sobre o Mundial não tem aquela qualidade que nos prende ao sofá. Eu acho que tem! Confesso que não sou especialista em futebol. Mas a equipa da RTP demonstrou-me, sem espaço para dúvidas, que os há em Portugal. E bons!
È certo que, por vezes, me ocorre que, dentro da cabeça de alguns daqueles comentadores, existe, de facto, um cérebro. Um cérebro com terríveis danos na zona que controla a fluência do discurso [no caso do Lobo] ou a postura bípede [no caso da Cinha], mas um cérebro, caramba!
Também gosto dos directos. Normalmente são nocturnos, como as composições de Chopin. E igualmente depressivos. São invariavelmente apresentados por um comentador que enverga um colete. Após várias horas de observação, creio que identifiquei o sistema de hierarquização dos repórteres da RTP: quanto mais bolsos o colete tiver, mais veterano é o jornalista. Só não dá para perceber os galões do Alexandre Albuquerque, porque ele faz batota: a careca luzidia ocupa três quartos do ecrã e não temos oportunidade de contar os bolsos, Pela tarimba, porém, vê-se que é experiente.
Se me é permitido ousar, gostaria que, um dia, o grupo debatesse, com profundidade, uma questão que me atormenta: por que diabo, em 32 selecções presentes no Mundial, só há um treinador negro? Atrevo-me a antecipar a resposta da Cinha:
- Não há treinadores negros? Será que eles pensam que são bons de mais para o cargo?

14 Comments:

At quinta-feira, 22 junho, 2006, Blogger Paulo Rolãodisse...

Parece-me que há aqui alguma dor de cotovelo por parte do Bulhão. Refugia-se na prosa com verve e em doses q.b de sátira, mas esquece-se que Luís Freitas Lobo é um dos mais profundos conhecedores do futebol mundial. De ontem e de agora. Talvez um dia, Bulhão, chegues aos calcanhares de LFL. Despeço-me como tu te (o) despediste dele.
Abraços.

 
At quinta-feira, 22 junho, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Perdão.
De ontem, de agora e de amanhã!

 
At quinta-feira, 22 junho, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Se és mesmo o Luís Freitas Lobo, diz-me quem foi o terceiro guarda-redes da Tunísia no Mundial de 1998.

 
At quinta-feira, 22 junho, 2006, Anonymous Anónimodisse...

A equipa era assim:

Chokri El-Ouaer
Imed Ben Younes
Sami Trabelsi
Mounir Boukadida
Hatem Trabelsi
Ferid Chouchane
Tarek Thabet
Zoubeir Beya
Riadh Jelassi
Kaies Ghodhbane
Adel Sellimi
Mourad Melki
Riadh Bouazizi
Sirajeddine Chihi
Skander Souayah
Radhouane Salhi
Jose Clayton
Mehdi Ben Slimane
Faycal Ben Ahmed
Sabri Jaballah
Khaled Badra
Ali Boumnijel

O treinados dos primeiros dois jogos foi o polaco Henryk Kasperczak que foi trocado por Ali Selmi para o terceiro jogo.

 
At quinta-feira, 22 junho, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Bulhão, quero dizer-te que caiste em profunda desgraça. Apesar de não vos conhecer pessoalmente, quero dizer-te que és um verdadeiro aprendiz perante este "monstro" da táctica que é o Luis Freitas Lobo. Quero mesmo dizer-te que depois de ouvir os comentários do Luis, melhor que o profesor Marcelo mesmo sem atribuir notas, apetece-me dizer ao Carvalhal que se cuide, pois o Luis tem tudo para ser o próximo treinador do Braga.

 
At sexta-feira, 23 junho, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Tenho de reconhecer que poderias ser de facto o Luís Freitas Lobo, mas no fundo só indicaste os 23 convocados da Tunísia. Não identificaste o guarda-redes.
Creio que és um impostor: fazes-te passar pelo Luís Freitas Lobo quando, afinal, és só o Paulo Catarro.

Ao Juveneno: falamos à 10.ª jornada do campeonato, quando o Carvalhal já estiver inscrito no Centro de Emprego do Bom Jesus.

 
At sexta-feira, 23 junho, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Apanhaste-me, desculpa lá o alias...

 
At sexta-feira, 23 junho, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Impostor. O verdadeiro Paulo Catarro sou eu.

 
At sábado, 24 junho, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Estou a ver que tenho que processar esta gente.
Ponho o meu sorriso mais entusiasta, passo por aí com Luís e corro tudo á estalada.

 
At domingo, 25 junho, 2006, Blogger joaquim agostinhodisse...

Confesso que gosto do directo( ou do falso directo ) da noite da RTP. Mas desculpem - me ao fim 16 dia mundial x 2horas/dia já não posso ouvir o Carlos Daniel ( que eu aprecio ) nem o LFL ( que tem um timbre de voz que o prejudica). O papel do professor Marcelo é assim parecido com o do emplastro.
Há dois ou três dias começo por ver o programa da sport tv e quando acaba passo para a RTP. Os responsáveis do programa desta estação não puderiam prever o cansaço dos espectadores com tal dose?

 
At segunda-feira, 10 julho, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Acho que o Luis Freitas Lobo merecia um bocadinho mais de respeito..Mas as atitudes são para quem as têm...

 
At terça-feira, 11 julho, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Admito que sim, Filipe. Provavelmente excedi-me, até porque gosto bastante do Luís Freitas Lobo.

 
At domingo, 30 julho, 2006, Anonymous Anónimodisse...

A unica palavra que me ocorre para adjectivizar o teu "post" é ridiculo.

Futebol não é culinaria, quer me parecer que te enganaste no tema.
Devias dedicar-te a outros assuntos, como se costuma dizer "mais vale estar calado e deixar as pessoas pensarem que és parvo, do que abrir a boca e tirar-lhes as duvidas".
Pensa nisso.

 
At quinta-feira, 03 agosto, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Vou pensar, Marco. Vou pensar.
Sobretudo, adjectivizando bem a minha resposta.

 

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