Mãos ao ar

Blogue de discussão desportiva. Qualquer semelhança entre este blogue e uma fonte de informação credível é pura coincidência e não foi minimamente prevista pelos seus autores. Desde já nos penitenciamos se, acidentalmente, relatarmos uma informação com um fundo de verdade. Não era, nem é, nossa intenção.

sexta-feira, outubro 07, 2005

Miguel, Miguel, Nobre Miguel

Miguel, defesa-direito do Valência, está de regresso à selecção nacional. Sempre justos, os promotores deste blogue tomaram em mãos a tarefa de despoluição do seu nome. Vamos narrar em verso a epopeia do craque, enobrecendo os seus gestos e garantindo-lhe a justiça que os homens lhe negam. Vamos pavimentar o solo que ele pisa com papoilas saltitantes. Vamos entoar os seus feitos de cavaleiro medieval com a veia descritiva de um Fernão Mendes Pinto.
A tradicional miopia clubística – que o Mãos ao Ar aliás condena com veemência… sempre que se manifesta contra nós – fez dele um mero interesseiro, um chupa-sangue da pior espécie. No Mãos ao Ar, Miguel chegou a porto seguro. Para nós, ele é feito da mesma massa dos cabrais. Ele é um D. Quixote cavalgando pela sua Dolcineia. Um marinheiro quinhentista fugindo do seu adamastor. Um guerreiro alado que despertou os piores monstros do planeta (refiro-me aqui aos adeptos do Benfica. As verdades são para ser ditas).
Em exclusivo nacional, descodificámos por fim a intragável exortação de Miguel Torga. Quando o escritor diz:
"Em nome do teu nome,
Que é viril,
E leal,
E limpo, na concisa brevidade
— Homem, lembra-te bem —!
Sê viril,
E leal,
E limpo, na concisa condição."

Era a Miguel que ele se referia.

Quando Torga explica:
"Traz à compreensão
Todos os sentimentos recalcados
De que te sentes dono envergonhado;"

É de Luís Filipe Vieira que o escritor falava.

Quando Torga reconhece:
"Leva, doirado,
O sol da consciência
Às íntimas funduras do teu ser,
Onde moram
Esses monstros que temes enfrentar."

Eram os Diabos Vermelhos que ele comentava.

Só não concordo com as palavras finais. Diz Torga:
"Os leões da caverna só devoram
Quem os ouve rugir e se recusa a entrar..."

Tenham lá paciência, mas era o que nos faltava: receber o Miguel em Alvalade. Para monstros chupistas, já lá tivemos o Jardel.

8 Comments:

At sexta-feira, 07 outubro, 2005, Anonymous Anónimodisse...

Brilhante bulhão. O Torga não faria melhor.

 
At sábado, 08 outubro, 2005, Anonymous Anónimodisse...

Ó colhão, você não me diga que agora também reconheceu no nosso Miguelito um nobre e viril Ruandês...que tanta paixão desperta à libido do mãozóar??? :)

 
At sábado, 08 outubro, 2005, Anonymous Anónimodisse...

Só faltava este pardal, ainda por cima adepto do clube do milhafre.
O homem não escreve uma merda acertada, ainda é mais fraco de ideias que o Mantorras, o Vieira e o ex-Presidente da Casa do Porto no Luxemburgo, que já começam a juntar as letras, mas com um pardal destes, intitulado de professor, ainda ficam mais estúpidos do que aquilo que já são.

 
At sábado, 08 outubro, 2005, Anonymous Anónimodisse...

Não me surpreende absolutamente nada que o carbúnculo aqui de cima não perceba patavina do que aqui está escrito, pois a especialidade do arsénico estará mais vocacionada para cânticos e braços esticados...

Onde terá ido o peçonha buscar a ideia que aqui o prof é lampião!?

 
At sábado, 08 outubro, 2005, Anonymous Anónimodisse...

Só faltava esta - um pardal que pensa ser papagaio. VÊ lá se apanhas a gripe das aves.

 
At domingo, 09 outubro, 2005, Anonymous Anónimodisse...

o papagaio deve de ser galego. Reconheço a estupidez quando a leio.

 
At domingo, 09 outubro, 2005, Anonymous Anónimodisse...

Mas isto só serve para a malta se ofender uns aos outros? Não se lê nada de construtivo nos comentários. É só insultos, acusações e baixarias. Acho lamentávwel.

 
At segunda-feira, 10 outubro, 2005, Blogger Apredisse...

Lindo!!

 

Enviar um comentário

<< Home