Mãos ao ar

Blogue de discussão desportiva. Qualquer semelhança entre este blogue e uma fonte de informação credível é pura coincidência e não foi minimamente prevista pelos seus autores. Desde já nos penitenciamos se, acidentalmente, relatarmos uma informação com um fundo de verdade. Não era, nem é, nossa intenção.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Pérola do Atlântico


Segue em baixo a razão pela qual não fiz carreira como poeta: lobbies. O lobby dos poetas tem muita força. E é muito hermético: quem nunca usou um camisolão com cotoveleiras de camurça nem fumou cachimbos ordinários difícilmente ganha acesso ao Grémio Literário. Mas eu não desisto. As minhas rimas, aliás, falam por si.
Por si, leitor. E por elas.

Madeira, Madeira,
Ilha de futebol maçarico.
Das três vezes que fomos à tua beira…
fizemos mais danos qu’ o padre Frederico

Madeira, Madeira
Arquipélago de Dom Jardim, o Velho
Está claro qu’este ano
até basta o Rodrigo Tello!

Que crueldade! Que falta de chá!
Ir à Madeira e não deixar nenhum ponto lá.
Por sorte, já não voltamos mais:
Ainda nos culpavam pela lei das f’nanças regionais.

Ó Ronaldo, desculpa a gente
Pelo atrev’mento que desmoraliza.
Imagine-se: vir do cont’nente…
e jogar com o Tiago na baliza!

4 Comments:

At sexta-feira, 22 dezembro, 2006, Blogger master lizarddisse...

Não é uma pérola! É um colar!!
Se o Alfredo Keil lesse isto fazia já daqui o Hino da Madeira...

 
At sexta-feira, 22 dezembro, 2006, Blogger Nuno Moraes Bastosdisse...

Para o Cículo Eça de Queiroz. Já em força!

 
At sexta-feira, 29 dezembro, 2006, Blogger Antão Bordoadadisse...

A primeira quadra é glória pura. Que lira.

 
At sexta-feira, 29 dezembro, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Eu não gosto de me gabar, mas, de facto, a métrica da primeira estrofe é única.
A forma como o último verso rompe com a geometria dos três antecedentes terá apenas eco, quanto muito, e por especial favor, nos trabalhos de poética do Aristóteles.

 

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