Mãos ao ar

Blogue de discussão desportiva. Qualquer semelhança entre este blogue e uma fonte de informação credível é pura coincidência e não foi minimamente prevista pelos seus autores. Desde já nos penitenciamos se, acidentalmente, relatarmos uma informação com um fundo de verdade. Não era, nem é, nossa intenção.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Falar de Formação para Desenjoar

Apesar de tudo, trabalha-se bem na formação dos “grandes” clubes. Por “grandes”, neste caso concreto da formação, entenda-se o Sporting, o FC Porto, o Braga, o Boavista, o Belenenses, o E. Amadora e o Vitória de Setúbal. Posso estar enganado, mas não me ocorre mais nenhum.
Identifico duas formas de lidar com os futebolistas da formação: o modelo do FC Porto, realista ao extremo, considera que praticamente nenhum júnior merece ascender directamente ao escalão principal sem penar um ou mais anos num clube a título de empréstimo. Recordo que mesmo os consagrados Fernando Couto, Jorge Costa, Sérgio Conceição (não era bem da formação) ou até Rui Barros foram forçados a partir pedra em clubes de objectivos mais modestos antes de merecerem a chamada ao plantel principal. Vítor Baía foi a excepção. Mesmo agora, com o exemplo do Sporting, o FC Porto não parece querer abdicar da fórmula. E se é verdade que Vierinha (veremos com que utilização) ficou na equipa principal, Paulo Machado e Bruno Vale já vão na segunda cedência, e Ivanildo e Hélder Barbosa na primeira. Nos quatro casos, falamos de jogadores que admiro e que seguramente farão parte do futuro do clube.
Em contraponto, há o modelo do Sporting. Com a extinção da equipa B, acelerou-se o programa que visa queimar a última etapa da formação, possibilitando ao jogador a ascensão ao plantel sénior depois do último ano de júnior. No passado, recordo que Figo, Peixe, Paulo Torres, Nuno Valente, Poejo, Porfírio, Beto, o anão nojento, Quaresma, Hugo Viana e Ronaldo seguiram este trajecto, com resultados ambíguos. Na actual equipa profissional, estão Custódio, Moutinho, Rui Patrício, Miguel Garcia e Nani que ascenderam directamente aos seniores, e Veloso, Djaló e Carlos Martins, que tiveram de rodar antes de merecerem a chamada definitiva.
Não há fórmulas absolutas para avaliar o sucesso da formação. É evidente que, ao apostar imediatamente em ex-juniores, o Sporting corre o risco de o foguete lhe rebentar nas mãos. É até argumentável que a Custodio e Garcia teria feito bem um ano de empréstimo “noutras realidades”, a célebre expressão que Carlos Queiroz utilizou quando despachou o Porfírio para os campos de treino pelados do Tirsense, para o menino meter juízo na cabeça.
A prática revelou, porém, uma lei perniciosa. Um jogador emprestado pela segunda vez raramente regressa a casa. Que me lembre, no caso do Sporting, só o Carlos Martins rompeu a tendência depois de dois empréstimos (Académica e Campomaiorense). Mas o Carlos é diferente em tudo. A começar pelo cérebro, que ferve em pouca água e não parece ser utilizado com a regularidade que merecia, passando pela hipocondria e pelo talento inimitável para jogar futebol.
Este Verão, o Sporting emprestou o Silvestre Varela pela segunda vez. Receio francamente que a cedência implique o desinteresse progressivo no jogador. E tenho pena. O Varela tem tudo para ser útil ao Sporting e não é seguramente inferior ao Bueno (e talvez ao Alecsandro). A ver vamos se a lei do segundo empréstimo será fatal.
E o Benfica? A politica de formação do Benfica faz-me sempre lembrar o proverbial bêbedo que procura a chave debaixo do bem iluminado candeeiro em vez do sítio onde a deixou cair. Afinal, ali é que há luz!
O Benfica vê o FC Porto e o Sporting com centros de estágio e não hesita em fazer um. Não sabe bem porquê, mas faz. Vê o Sporting e o FC Porto com modelos de recrutamento invejáveis e decide que também terá olheiros. Não estabelece critérios nem necessidades. Tem olheiros porque os outros têm. Observa o Sporting e o FC Porto com jogadores da formação no plantel e selecciona também dois marmanjos para o plantel principal. Não sabe porquê, mas age porque viu o que os outros fizeram.
Afinal, ali é que há luz!

49 Comments:

At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Blogger ardinariodisse...

Não há dúvida que a formação do sportengue é a melhor de portugal e das melhores da europa, pelo menos tendo em conta a qualidade de jogadores que dali saem. (Infelizmente o mesmo não se passa no benfica, e desconheço as razões.)
O problema do sportengue é que não tira qualquer proveito disso, ou se tira, é mínimo. Nem consegue títulos significativos à custa desses jogadores nem vê as finanças melhorar com as suas vendas.
Já pensaram em promover ou clonar os responsáveis da formação para os seniores? Ou dão-se por satisfeitos com os títulos para menores de 18 anos e com as vossas pérolas a brilhar em clubes rivais, 3 anos depois de serem vendidos por truta e meia?

http://diariodeumquiosque.blogspot.com

 
At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Por truta e meia? Qual é a cotação da truta no mercado de Tóquio?

 
At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Blogger ardinariodisse...

Só o C.Ronaldo foi vendido por 3 trutas. O Quaresma e o Simão quanto muito chegaram às duas. O resto foram negócios de truta e meia, e alguns nem à meia truta chegaram.

Ass: Zé Truta

 
At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Gosto particularmente de um bom debate linguístico, sobretudo porque serve de manobra de diversão para evitar falar de temas realmente sérios.
A etimologia de "tuta-e-meia" advém de "macuta e meia". Por sua vez, por assimilação, "macuta" gerou "matuta". E, por haplologia, "matuta" reduziu-se a "uma tuta" .
Isto, atenção, não sou eu que digo. Também estaria bem se fosse eu, mas, para o caso, não sou. O parecer é partilhado por Júlio Moreira, por Gonçalves Viana e por Ismael Coutinho. Ismael Coutinho, recordo, foi médio esquerdo do Chaves no tempo do Vermelhinho!

 
At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Blogger Paulo Rolãodisse...

Pela lógica, os "meninos" que estão emprestados ao Olivais e Moscavide e ao Estoril dificilmente regressarão a Alvalade, mas há sempre excepções à regra. No resto, plenamente de acordo, mas um reparo à injustiça que foi feita a três clubes "formadores" - o Cultural da Pontinha, a Associação Desportiva da Estação e o Portsmouth, que ainda poderá conseguir que o Manelelé seja jogador de futebol a sério.

 
At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Vocês são só merda! Fiquem com a vossa Academia porque foram estúpidos e pagaram-na. O Benfica só avançou para um projecto megalomono desses quando conseguiu apoio do Seixal e da Caixa Geral de Depósitos.
Veloso? Jaló? Garcia? Já estou como o Jay Jay. Não me faças rir.

 
At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Blogger ardinariodisse...

Bem, então por hapLOLogia invertida, que fique registado que Ardinário da Silva introduz a expressão "truta e meia" a 20 de Setembro de 2006.

ps1 - já valeu a pena vir aqui. Aprendi uma expressão (re)nova(da), e passei a saber o que é uma haplologia. Já agora, como se designa uma haplologia invertida?

ps2 - anos e anos a usar "truta-e-meia". Quantas vezes terão sido? Tenho uns amigos do caraças...

 
At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Blogger !nsurrectodisse...

és muita estúpido... ainda me vai dizer onde é que o Porto tem um centro de estágio...

 
At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Que classe, senhores, que classe! Que prosa fina e sublime! Com vénia ao Minha Rica Casinha, respigo o Fialho de Almeida.

"A coisa irá desta vez escorreita e sem arrebicados, à uma porque o estilo caseiro põe o escritor desiludido com a bestialidade do seu tempo, à outra, porque eu, a respeito de primores de forma, sabendo já que público arremangado tenho à perna, decido alfim não deitar pérolas a porcos."

Sai uma pérola para a mesa do canto. A do senhor Insurrecto.

 
At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Óh Insurrecto. Ganda bailarico.

 
At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Blogger Férenc Meszarosdisse...

Ora aqui está um belo assunto para meter a prata (para não serem vós os unicos disléxicos):

Não é preciso formação para criar grandes estrelas. Não é preciso academias nem redes de captação. E definir políticas é perder tempo que se pode investir de forma muito mais profícua em conversas telefónicas com dirigentes da Liga.

Para os lados do Colombo os talentos rebentam como trufas. Porque nem todos são capazes de os topar. Basta ver a aclamação dada pela comunicação social a qualquer rato que sai da equipa B ou dos juniores e passa pelos seniores, para se tornar uma grande esperança do futebol nacional. Vide João Peixe. Vide Rui Baião. Para os de memória mais curta vide o novo pequeno genial João Pereira.

De vez em quando lá sai algum melhorzito, mas o Benfica não é um clube formador. E pronto, não há problema nenhum nisso. A inveja e a cobiça são coisas muito feias. Alguém que lhes diga que não é preciso imitar os outros, só porque os outros fazem uma coisa que eles não sabem fazer e estão a receber louvores por isso. Invistam no ciclismo, por exemplo. Força!

 
At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Blogger Diego Armésdisse...

Agora fiquei na dúvida se o Férenc queria escrever "trufas" ou "tufas"... Adiante.

Embora concorde com a afirmação de que o Benfica não tem sido um clube formador, sou obrigado a questionar a teoria da imitação. Até porque a construção de um centro de estágios e a contratação de olheiros pode muito bem significar uma coisa: o Benfica está a construir de base uma coisa que não tinha - uma formação competente. Atrevo-me a ir mais longe: talvez até haja uma política de formação de futebolistas. É preciso lembrar vossas excelências que a formação demora, por norma, alguns anos a dar os seus frutos. Se o critério de avaliação da formçaão fosse o imediatismo do sucesso, estou seguro que a política do Benfica iria manter-se: esperar que o Sportém forme, venda por... errr... macuta e meia?!... - estou a ir bem? -... portanto, que o Sportém venda barato para, passado um ou dois anos ir lá fora recrutar... errr... digamos, a baixo custo, o exemplar formando dos verdinhos.

Há agora uma questão para a qual não encontro resposta: se o texto visava os clubes grandes citados no arranque da prosa, porquê terminar com a já tradicional achega aos defeitos benfiquistas? Não se compreende. Bem sei que estão transtornados devido ao fim-de-semana menos conseguido dos "putos-maravilha". Mas, sejamos justos: se o Ricardo pode ser bom a jogar com os pés, por que razão não pode o Ronny ser razoável a dominar com as mãos? E com esta pergunta me despeço.

 
At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Realmente Bulhão, se começas com os grandes não se percebe porque acabas com a política lampiona. Adiante, parece que de facto todos temos aproveitado a bela formação das escolas do Sporting e por truta e meia ou mesmo por meia truta temos jogadores como o Quaresma ou o anão nojento que depois vendemos por uma data de trutas (gostei da truta, a coisa fica mais expressiva que com o raio da tuta - e macuta parece vudu). Mas como o sporting é um clube aristocrático, fica-lhe bem ser benemérito e nós agradecemos.

 
At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Ah, pois. Parece que ainda não conseguiram trocar o anão por trutas. Por este andar ainda se estraga...

 
At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Blogger ardinariodisse...

Acho que já chega de manobra de inversão. Bulhão, tu que foste o investigador desta trapalhada, vê lá se qualquer dia te sai o tinto pela culatra...

Voltando ao debate, a conclusão parece-me óbvia: o sportengue forma excelentes jogadores (excluo da lista o Hugo Viana) e, inadvertidamente, ou não, coloca-os a rodar em clubes rivais. Se assim é, para quê investir na formação, se está à vista que além de não trazer títulos, não traz frescura financeira. A malta agradece e deseja boas vendas futuras.

E agora faço minhas as duas últimas palavras do guitarrista.

 
At quarta-feira, 20 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

João Pereira, esse fora de série injustiçado... Sim, porque segundo gay gay rabocha, "a formação do benfica é tão boa ou melhor do que a vossa [Sporting]".

De facto, nestes comments aprende-se umas coisas... Fiquei também a saber que Academia do Sporting é "um projecto megalomono (sic.)". Obrigado chalana, por me iluminares.

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Em primeiro lugar, digo-vos: riam, riam, porque enquanto o pau vai e vem, folga o Acosta!
Concordo razoavelmente com o tom dos comentários, excepto com os do Jay Jay, do Ardinário, do Chalana, do Sancho, do Guitarrista, da Helena, do Ferenc, do Esgrunho e do Insurrecto.
Gostei particularmente do comentário do Anatolu.

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Noutro registo, admito que custa ver os nossos meninos com outras camisolas. São as contingências de quem tem dívidas e paga contas.
Eu podia tentar explicar o conceito, mas os benfiquistas e os portistas não iam perceber.

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Mas estes gay gay e chalana são a mesma pessoa ou andam a fazer concurso para ver quem diz o maior disparate???

É notável o acumular de bestialidades que saem dos teclados destes cidadãos (?) ...

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

O Custódio foi formado no Guimarães.

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Chegou ao Sporting no segundo ano de juvenil

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Nicknames de alguns jogadores:

Ricardo (SCP) -> "O Labreca" / "O Frangueiro" / "Aquele infeliz..."

Simão (SLB) -> "O Anão Nojento" / "Pequeno Ponei"

Jorginho (FCP) -> "El Malo Mucho Malo" / "Lord of Vómito"

Petit (SLB) -> "O Caceteiro-Mor" / "Pauliteiro de Miranda" / "Cobra cuspideira"

Ricardo Costa (FCP) -> "A nódoa" / "O cancro" / "A maior merda"

Nuno Gomes (SLB) -> "A amélia" / "A menina" / "A florzinha"

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Blogger Francisdisse...

um gajo para começar bem dia tem obrigatóriamente vir a esta caixa de comentários. muito me ri.

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Qual é o grande objectivo da formação das escolas do clube?
Formar talentos para vender e criar uma situação económica estável no clube, ou criar estrelas que ascendam à equipa principal e contribuir para que esta conquiste títulos.
No Sporting, nenhuma destas coisas acontece...passivo gigantesco e títulos...nada.
Alguma coisa vai mal pelo Reino de Alvalade...

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

"Posso estar enganado, mas não me ocorre mais nenhum..."
"A politica de formação do Benfica faz-me sempre lembrar..."
Bulhão, já pareces o Dias da Cunhaaaaaa.
Com a quantidade de palavras que escreves (umas bem, outras nem por isso) às tantas o teor do teu poder de argumentação fica sem se perceber.
Por ter um blog onde só se diz mal do BENFICA (mais, do que se diz bem do Sportem) tenta-se baralhar as mentes?
Cadê as modalidades amadoras?
Onde jogam?
Onde treinam?
Deviam mudar o nome para Formação Futebol Take Away Sportem.

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Blogger Apredisse...

o modelo do SCP é o melhor mesmo com os erros como o do Varela/Alecsandro etc..

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

O Pietra tem toda a razão...

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Pietra... Bastos Lopes.... Chalana. Não se arranja um Bento para compor o ramalhete?

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Já arranjámos: um foi o melhor Guarda-Redes, e o outro foi ensinar-vos o que aprendeu no GLORIOSO.

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

O melhor guarda-redes não terá sido. Mas lá que tinha um bigode faustoso, lá isso tinha.

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

O Benfica também tem formação. Basta olhar para o Orelhas, que ia para a RTP tirar macacos do nariz e mandá-para o tecto, e agora come-os antes de entrar no estúdio.
Desculpem... pensava que estavam a falar de formação moral, afinal se o tema é futebol penso que não tem discussão. Fico pelos factos, é que são mais que evidentes.

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Amigos Sportinguistas,

E não se pode extingui-los( aos lampiões)? O debate é tão eloquente e interessante e depois vêm os servos da gleba e outros lacaios tentar destabilizar, mas daquelas mentes só germina o mais fino estrume...

O assunto é muito sério e a minha opinião coincide com algumas que vi aqui expostas: a nossa formação é a melhor de Portugal e das melhores da Europa, o problema é é sempre o mesmo, pelo menos para mim! Os SADicos que lá estão desde o tempo do sinistro Roquette continuam com o mesmo discurso do "coitadinho":
- Quero-vos assegurar que os jovens talentos do Sporting não saem pelo menos em Janeiro!(FSF)
- Não vamos cortar as pernas ao jogador(Bettencourt/C. Ronaldo)
-A Formação no Sporting é nuclear e tem como objectivo produzir jogadores que depois de passar pela 1ª equipa serão transferidos para os grandes clubes da Europa( Roquette)
Estes exemplos são ilustrativos da farsa desportiva que é a formação no nosso clube. Para isto eu não tenho uma solução ( até tenho mas era um bocado radical!)mas tenho uma sugestão: Mudem o discurso e a Filosofia. Falem menos porque quando abrem a boca (FSF)desvalorizam o "património desportivo" p'raí 20% de cada vez! Basta ser e fazer uma e outra coisa: 1º- ajudava que aquela gente fosse do Sporting, mas fosse mesmo! Por aqui já vimos que não vamos a lado nenhum! 2º- Então observem os bons exmplos, vide fêquêpê, que nunca, mas nunca desvalorizou um jogador transferível (eles até renovam para saírem!) e nunca ouvimos um Dirigente do fcp ( é sempre o mesmo também) a deixar-se pressionar pelas manchetes, grandes clubes, etc, ah! e nunca ouvimos um jogador do fcp a dizer que o fcp é um trampolim ou uma etapa para chegar a um grande clube da Europa!
É triste e mesmo ridiculo que um dos clubes que forma mais jogadores a nivel mundial seja um "fornecedor" indirecto dos seus rivais e pior, seja aquele que supostamente tem os melhores administradores, empresários, gestores, financeiros, directores, gente que até saíu da banca e de grandes multinacionais (e sacrificaram-se pelo Sporting como é evidente...)para com a sua expertise trabalhar em prol do clube "do coração" ( Freitas, Meireles, Bettencourt, Afra, etc)e fazem... da formação um sucesso (para eles, claro) retumbante!

Portanto, a conclusão é: Não se pode interditá-los?

Saudações Leoninas

LMP

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Blogger Diego Armésdisse...

"(...) mas daquelas mentes só germina o mais fino estrume" (Anonymous sportinguista)

É curioso notar que este curioso iluminado se limitou a condensar tudo o que os benfiquistas antes tinha escrito por aqui. Provavelmente, foi coincidência.

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Blogger Férenc Meszarosdisse...

Quando a cobiça é tanta, cuidado para não levar gato por lepra. Ou um Marinho, um Fonte, um Paulo Costa, um Nuno Assis...

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Paulo Costa ???

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Ou um Amaral. Um Fernando Mendes. Ou, no capítulo SLB-FCP, um Dito. Um Bizarro. Um Zahovic. Um Drulovic. Um Marco Ferreira. Um Rudolfo Moura. [ajudem-me por favor que há mais nomes!]
Creio que, nestas coisas, a mentira tem sempre pernas curvas. E aliás, quando as molas são de mais, o cobre desconfia!

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Ó Bastos Lopes, e que tal arranjar uma identidadezinha no Blogger para o nome aparecer a azul como os outros?

Já lá dizia a minha avó: ao menino e ao borracho, põe-lhes Deus a mão no tacho!

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Nome à azul..cruzes canhoto!!!

 
At quinta-feira, 21 setembro, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Num blog, o tom azul é sinal de distinção. Diz que separa os comentadores encartados do "mais fino estrume" da blogosfera.

É incentivo mais do que suficiente.

 
At sexta-feira, 22 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

Clayton, Bino, o grande Octávio Machado...
Para falar, falem de todos.
O Sportem é como o padeiro: amassa para os outros comerem.
Não, não meto o meu nome a azul!!

 
At sexta-feira, 22 setembro, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Já me está a chegar o moscardo ao nariz

 
At sexta-feira, 22 setembro, 2006, Anonymous Anónimodisse...

O Bino, com todos os seus pecados, ainda foi campeão pelo Sporting

 
At sexta-feira, 22 setembro, 2006, Blogger Lars o Kirkdisse...

E o Clayton também... ou não!

 
At sexta-feira, 22 setembro, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Ah valente Bastos Lopes! Finíssimo bigode.

 
At sábado, 23 setembro, 2006, Blogger Antão Bordoadadisse...

Sobrevoando como um autocarro espanhol (um Pégaso, para os mitologicamente mal informados) os relinchos das cavalgaduras do costume, tenho a troar que o Sporting é bastas vezes (é parente do outro) administrado por alimárias mas a formação do clube não deixa de render títulos (vidé a esmagadora hegemonia do último triénio nos escalões inferiores ou Quaresma no balcão do largo do munícipio do camarada de Rui Rio). Mas há muito a fazer para que esta renda ao clube aquilo que pode e deve: deveria haver uma melhor separação entre aqueles que são aposta para a primeira equipa e os que não são, bem como uma aposta ainda maior nas patas da casa: porquê Alecsandro e não Varela? porque é que há apenas três centrais de raíz e Semedo foi cedido ao Cagliari enquanto M. Ângelo, também internacional esperança que andou duas épocas a fazer gaveta na 2ª divisão não tem direito a meia época de teste nos treinos dos crescidos? Koke em vez de Lourenço, Varela ou Djaló, por alma de quem? Valdir, outro internacional esperança, foi para o Estrela e quando Bento foi promovido teve de estrear Marques e de pedir Caneira? Porque é que deixaram Nelson, um buraco mas ainda assim um internacional, acabar o contrato e não o rifaram na época anterior, quanto mais não fosse por um tostão furado, para um clube qualquer de um país endinheirado cheio de emigrantes lusos, por ex., e não o substituíram com Felgueiras, emprestado ao Sp. Espinho? Deveria ser uma prerrogativa bem tutelada pela direcção do clube manter os primeiros durante o maior tempo possível para que os resultados dos séniores melhorassem e, ao mesmo tempo, o valor destes aumentasse. Será difícil perceber que só nos convém vender as trufas (que são mais caras do que as trutas) nos anos pares (que são os das competições internacionais de selecções) e deixar que os respigadores façam o que lhe é congenial nas outras épocas? Trocado em miúdos: a (pares) = Moutinho e similares. b (ímpares) Custódio e afins. Não é rocket science e se se invocam os credores como factor impossibilitante eu rio-me: esses sabem perfeitamente que em caso de valorização das suas "garantias patrimoniais" o seu pagamento é mais garantido. O que explica esta cegueira aparente? A meu ver é precisamente a ausência de competência e a subordinação a uma rede de esquemas e de interesses que não aquele do clube: regimes "especiais" de comissões, canais privilegiados (leia-se acordos no minímo questionáveis com certos empresários habituados a fornecer lebre ao preço de gado), talvez até gestão propositadamente danosa com fins de lucro (posterior) privado. Só Alá sabe que a história dos terrenos do estádio velho ou da saída de Jardel são dois bons exemplos de suspeita plausível? Querem outro? Como foi possível não renovarem a tempo com Tavares (que foi, alfa-numericamente falando, o melhor nº 9 dos putos nesta década)?
Mesmo no que diz respeito à gestão dos excedentários, a coisa tem contornos de ridículo. Lourenço vai no 4º empréstimo. Esteve em Inglaterra (no Oldham Athletic, se não me engano), no Belém, no FCP b e agora no Vitórria. Há N miúdos emprestados a clubes cujos objectivos desportivos e escalões actuais nunca servirão para os aprimorar. Real Massamá? Esmoriz? Esperamos mesmo que saiam dali para voltarem a jogar pelo Sporting? Todos aqueles que suscitam dúvidas sobre a sua possível utilidade imediata para o clube deveriam ser concentrados num par de clubes amigos (e antigos, com aficción, para se irem habituando) e geograficamente próximos: jogadores de ataque num clube do 2º escalão que lute para subir, jogadores defensivos num da primeira divisão que lute para não descer. Além de fomentar relações institucionais com clubes profissionais (ergo membros da liga), isto aumentaria a simpatia e a popularidade do clube nas sedes dos beneficiários dos empréstimos, resolveria essa história penosa do "joga-não-joga contra nós" de um modo certamente indolor (cada vez que me lembro da cretinice que foi a história do Wender...), criaria calo às crianças e facilitaria muito o trabalho aos observadores. Se não fosse possível fazer isto com todos, os restantes deveriam ser emprestados a clubes da sua zona de proveniência (o que iria certamente garantir aplicação dos putos).
Quanto àqueles que não servissem para o plantel desde logo ou até ao fim do seu contrato, deveriam ser utilizados como moedas de troca: bem procuradinha, não será de todo impossível uma colocação a pagamento (pequeno mas grão a grão enche o leão o bolso) de internacionais B e sub 21 da formação do clube em países como França, Bélgica e Suiça (os emigrantes a criar mercado, outra vez) ou em 2ªs divisões ricas como a inglesa ou a espanhola. Os outros internacionais poderiam ser cedidos no mercado nacional, não à dandy (leia-se com desprendimento monetário) como o clube costuma fazer, mas como factor de abatimento (caso raro, pois o Sporting faz cada vez menos aquisições de séniores em Portugal) ou de pagamento de opções de compra de jogadores promissores. Mesmo com aqueles que não fossem internacionais deveria tentar-se praticar uma politíca de "tomem dois e dêem-nos esse iniciado/juvenil jeitoso".
Escusado será dizer que todas estas "categorias" teriam de ter, já desde a sua ascensão aos JUNIORES, contratos de duração diferenciada. Um modelo possível seria 2+5 (para os que fossem directamente para a primeira equipa), 2+3 (para aqueles que fossem emprestados com esperanças de um regresso) e 2+1 (para os casos de ausência de jeito, esse factor imprescindível para jogar à bola). em que a primeira fracção é o número de anos de júnior e a segunda aquela de anos contrato como profissional. É absurdo andar a negociar renovações com putos de 19 anos. Um autêntico convite ao surripianço.
Há um outro aspecto que gostaria de tocar: o facto de os miúdos já não jogarem em Alvalade. Quanto a mim isso é péssimo e julgo que seria possível inverter a situação fazendo até alguns cobres (leit motiv desta posta ficante, posto que o petróleo Lisboeta viajou do Beato para o Alto dos Moínhos).
Na pior das hipóteses, seria assim: o número de jogos diminuiu este ano. Ergo, quatro fins de semana a menos de bola. Preenchê-los com os putos. Custos de policiamento e restante logistíca menores, possibilidade de abrir apenas uma bancada (que chegaria e sobraria para acolher os espectadores) e de fazer voltar os jogos diurnos ao estádio. Preços simbólicos: sócios um euro, não sócios três. Aposto que isto pagava um mês de ordenado a alguém do plantel. Num mundo ideal, em todas as semanas que os crescidos jogassem fora, as equipas de formação às quais o sorteio tivesse ditado jogos em casa jogariam em Alvalade, nos mesmos moldes. Acho perfeitamente possível testar isto já esta época com as fases finais dos três campeonatos nacionais.
Uma palavrinha final para os lampiões que, cada vez que vêem aqueles que lhes raptam as sabinas menos bigodudas da população (aka os Sportinguistas) a falar deste tema (a formação, não a parecença das consortes com os seus pais) nos vêm moer a pachorra com a EsCabrosa: mães hirsutas fazem meninos com orelhas de burro. É certo que não é bem a mesma coisa pois também ele não foi formado na Luz, mas só assim se explica que nunca tenham ouvido falar do Jordão, esse rio de golos, duas vezes estancado à cachaporrada mas ainda assim suficientemente caudaloso para nos render quase uma década a um nível que esse asno nunca atingirá.

 
At sábado, 23 setembro, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Mais um elemento para o debate: o Sporting acabou de esmagar o Benfica (3-1) no campeonato de juniores.

 
At domingo, 24 setembro, 2006, Blogger leão verdedisse...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

 
At domingo, 24 setembro, 2006, Blogger leão verdedisse...

Mas Bulhão, isso é perfeitamente habitual, perfeitamente habitual...
(citação adaptada da original habitualmente produzida pelo grande poeta Jorge Artur)

 
At segunda-feira, 25 setembro, 2006, Blogger Bulhão Patodisse...

Iiicch! Que carantonha!

 

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