No Início, Era o Verbo
Nós, país futebolístico, podemos não valer muito na Europa. Podemos ter o condão de transformar qualquer vitória medíocre num feito da gesta lusitana. Podemos albergar e suportar a imprensa mais patrioticamente tonta do hemisfério norte (há, no Congo, jornais muito piores). Podemos não ter outro remédio que não seja escutar os gemidos lânguidos do Paulo Catarro na estação pública. Mas na luta sangrenta do vocabulário ninguém nos ganha!
Há três anos, José Mourinho pôs o mundo a falar no autocarro estacionado à frente da baliza. Até os ingleses adoptam já a cretinice. Cunhámos uma frase e a Europa, impressionada, implementou-a.
Tenho esperança que o mesmo aconteça com a nova variante do autocarro. O promotor foi o linguista consagrado que é José Veiga. Mourinho cunhou a história do autocarro estacionado na área. Veiga explicou o desaire catalão com o autocarro desviado do percurso original.
Não terá o mesmo encanto, é verdade. Não é à toa que um assina contratos pelo Chelsea e outro está inibido de assinar o que quer que seja. Mas lá que a frase não é tonta, lá isso não é.
2 Comments:
Está explicado, então, o hipotético golo que Simão falhou diante de Valdés. As voltas que o autocarro desviado por um comando "blaugrana" deu, deram-lhe mesmo a volta à cabeça e fizeram-no perder o sentido de orientação. Obrigado, senhor condutor, gostaria de requisitar o seus serviços para umas voltinhas cá pela nossa liga...
Foi sem duvida para mim o que me deu a maior gargalhada da noite, a explicação do Autocarro desviado, por iniciativa própria, pois fugiram :-), que demorou 1H10 em vez de 30'!
Todo furioso porque não conhecia as ruas, acho que a iniciativa da fuga só podia ter partido daquele ressabiado!
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