Odeio gregos. E não estou a falar, meramente, no que diz respeito ao futebol. Provavelmente, tudo começou há uns anitos quando uma infeliz viagem de inter-rail me levou até aquelas paragens. Julgam que a Grécia é bonita? Risquem imediatamente esse país do vosso mapa de férias! Atenas é provavelmente a cidade mais feia do Mundo (e já estou a contar com Beirute), as praias são horríveis (queriam areais clarinhos? Tomem lá umas pedras redondas e sujas e estiquem a toalha), e até as ilhas Cíclades são desprezíveis (excepto quando já se está encharcado na aguardente Ouzo, uma zurrapa inacreditável, que nos leva a tal estado de alteração que até o que é feio parece bonito). Nem as gregas que conheci eram agradáveis: feias, gordas, mas vestidas e mal despidas, e que se davam ao desplante de vomitar palavras em grego. Acho, sinceramente, que essa tal de Helena de Tróia era tudo menos grega. Fazendo fé nos relatos homéricos, a sua beleza estonteante deveria ser proveniente dos seus antepassados portugueses ou do Quirguizistão.
Bom, se a Grécia cedo começou a fazer parte dos meus ódios pessoais de estimação, tudo se agravou quando a sua maléfica influência se alastrou ao futebol. Nunca gostei de nada qua acabasse em "akos" ou "aikos", sejam Panathin ou Olympi, mas já tudo o que meta Panionios me traz gratas recordações. Mas, acima de tudo, fiquei verde de raiva quando não só perdemos o primeiro jogo do último Europeu, como aquela miserável equipa azul e branca afastou selecções de futebol simpático, como foi o caso da França (bem, até deu algum gozo ver os pedantes franceses porta fora) e, sobretudo, da República Checa. Quanto à final, nem quero pensar. Não existiu. É um mito, e os gregos ainda acreditam que são os piores campeões europeus da história do futebol.
Mas passemos aos jogadores, melhor, aos aprendizes de chuto na bola. Se a memória não me falha, já por cá passaram coisas hediondas que davam pelos nomes de Machairidis (sim senhor, muito bom...), Nalitzis (só fez duas coisas de jeito na vida: marcar um golo pelo Sporting e desaparecer daqui para fora) e, na última época, a suprema traição - o Benfica deu-se ao desplante de contratar Fyssas, o que foi uma verdadeira alegria para os adversários. Mas este foi-se embora com uma mão à frente e outra atrás, e pensei: "Até que enfim, foi-se o grego".
Mas não. Para manchar ainda mais a honra do país, o Benfica renovou o crime e anunciou, devidamente apadrinhado pela corrupta e infâme imprensa desportiva nacional, uma nova contratação grega - Karagounis. E eis, então, o meus mais recente ódio de estimação pessoal. A karagounis, desejo tudo de mal. Que vá e não regresse. De preferência com uma mão à frente e outra atrás.
esqueceu-se do seitaridis.
ResponderEliminarTem toda a razão, caro anónimo, embora eu tenha escrito se a memória não me falha. Pelos vistos a memória traiu-me, tal como Seitaridis não deixou grande memória no futebol português nem entre os adeptos portistas
ResponderEliminarPaparuco: não é mau feitio, pá, é mesmo ódio. Ainda bem que tiveste boas recordações da Grécia ou das gregas, devo ter sido eu que tive azar com os camafeus que me apareceram pela frente. E, para esclarecer as coisas, sou capaz de dar outra saltada à Grécia. Para infelicidade de alguns, vou fazer para que não calhe a um fim-de-semana em que jogue o Sporting...
ResponderEliminarEstão a ver como o gajo é? Julgo que, se juntássemos contributos de todos os leitores do blogue, ainda fazíamos uma vaquinha para mandar o Sancho para uma ilha grega em dia de jogo decisivo. Pode ser para Lesbos.
ResponderEliminarO mais extraordinário é a traição histórica associada aos lampiões que desde Poborsky a Karagonis, passando por Fyssas não hesitam em chocar a susceptibilidade dos Portugueses!
ResponderEliminarIsto para não falar de Paulos Madeiras etc.
Ahahahaha, na ilha de Lesbos o Sancho mudaria de opinião em relação à Grécia!
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